"Vamos agir não só para evitar esses casos, mas também para conscientizar e orientar os jovens e implementar a cultura de paz nas escolas. É o correto a ser feito", diz o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha.
As secretarias de Educação e de Segurança Pública divulgaram as medidas que serão implementadas no plano. Entre elas, reforço policial, prioridade nas investigações sobre violência nas escolas e até "revista" no material dos alunos, caso a escola demonstre necessidade (veja mais abaixo).
Já as secretarias de Saúde, Juventude e Justiça anunciaram que irão apresentar as ações "no decorrer desta semana".
Caderno de Convivência Escolar e Cultura de Paz
Segundo a secretária de Educação, nesta terça-feira (29), será publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) a portaria criando a comissão que irá estabelecer o cronograma de ações nas escolas públicas. A pasta está preparando um documento chamado de "Caderno de Convivência Escolar e Cultura de Paz", que deverá servir de base para a formação de professores, sobre como tratar o tema violência com os alunos.
Conforme a secretária Hélvia Paranaguá,, o material será impresso e entregue às escolas até 27 de abril. O prazo para implementação das medidas nas unidades escolares é até 6 de junho .
"É um trabalho que vai envolver toda sociedade. Como a gente chega nos pais? Através da escola. Esse manual vai orientar tudo e também vai envolver a família", diz a secretária.
Calendário anunciado pela Educação:
• 29 de março: publicação da portaria da Secretaria de Educação no DODF
• 30 de março: reunião de planejamento e construção do plano de trabalho com a regionais de ensino
• 20 de abril: prazo para chegada do Caderno de Convivência Escolar e Cultura de Paz nas escolas
• 6 de junho: Plano de Urgência pela Paz começa a ser implementado nas escolas públicas do DF
Investigação e reforço policial
Segundo o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo, a pasta vai priorizar a investigação dos casos de violência nas escolas junto à Polícia Civil. Para ele, muitos conflitos entre estudantes estão sendo marcados pelas redes sociais.
"São casos graves e que merecem investigação. O foco do plano é a prevenção. Não vamos deixar de acompanhar, mas queremos antecipar, abrir investigação e responsabilizar os envolvidos. Escola não é lugar para isso", diz Júlio Danilo.
Entre as ações da Secretaria de Segurança Pública divulgadas na tarde desta segunda-feira (28), estão:
• Varredura: o procedimento será implementado se a escola encontrar necessidade de que seja feita a procura de algum objeto nas mochilas do estudantes. Segundo secretário, o procedimento é homologado pelo Ministério Público;
• Proerd: retomada do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência sob coordenação da Polícia Miliar do DF;
• Comunicação direta com o Batalhão Escolar e com o Corpo de Bombeiros: canais ainda serão divulgados pela pasta;
• Reforço no policiamento: cerca de 700 policiais em formação poderão ser acionados para o reforço nas proximidades das escolas, "caso necessário", diz o secretário de Segurança Pública.
Regiões com escolas mais violentas
A Secretaria de Educação do Distrito Federal mapeou as 125 escolas públicas com os maiores índices de violência escolar. A pasta, apesar de não divulgar os nomes, informou que as unidades de ensino ficam em São Sebastião, Ceilândia e Plano Piloto.
FONTE: g1.globo.com
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