“No caso da EC de Brazlândia, a Secretaria de Educação enviou 10 quilos de peixe para 300 alunos. Em Ceilândia, a EC 40 e a EC 33, também não receberam merenda suficiente”, denunciou o presidente do CAE-DF, Thiago Dias.
No Plano Piloto, segundo o conselho, a EC 204, EC 204 e Centro de Ensino Fundamental 405, os alunos ganharam biscoito com frutas e sucos. Os colégios de Planaltina não contam com carne bovina.
“A gente está vendo a situação caótica deixada pelos gestores passados. Não pretendiam trazer os alunos de volta para as escolas? Houve uma falha muito grave planejamento”, criticou.
O conselho também identificou prateleiras de alimentos vazios no CEF 801 do Recanto das Emas.
Pelas vistorias do conselho, atualmente, há falta de peixe, frango, carne bovina, sal, açúcar, feijão, macarrão entre outros itens em diversas unidades da rede pública.
Segundo o CAE-DF, o problema do desabastecimento da merenda nas escolas nunca foi por falta de dinheiro. Conforme os valores repassados para o DF pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), nos últimos oito anos, a capital recebeu R$ 305.577.124,08. Mas R$ 181.280.523,32 não foram gastos.
“E se o DF não usar o recurso, o dinheiro volta para a União, por falta de empenho”, alertou Dias. Diante da situação, o CAE-DF elaborou relatório para apresentar o problema aos órgãos de controle.
Outro lado
O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Educação sobre o caso. Em nota, a pasta negou o desabastecimento. Segundo o governo, existem apenas casos pontuais de falta de alimentos.
Veja o posicionamento da pasta:
“As regionais de ensino estão abastecidas com proteínas – frango, peixe e ovos, frutas, legumes, verduras, temperos e demais itens para um cardápio saudável. Portanto, não existe desabastecimento na alimentação escolar.
O abastecimento segue ocorrendo normalmente e prossegue até o fim do ano. Gêneros perecíveis são entregues na semana em que são utilizados. Quando há casos pontuais, em que a escola precisa de mais alimentos, a entrega é providenciada pela pasta.
Quanto ao Programa Nacional de Alimentação Escolar, a Secretaria de Educação, neste governo, a partir de 2019, executou os recursos na totalidade. Sobre anos anteriores, serão apurados os motivos pelos quais não houve execução”.
FONTE: metropoles.com
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