Escola de Sobradinho é finalista em prêmio internacional

Neste ano, o prêmio valorizou iniciativas com foco na garantia do direito à saúde na sala de aula e que contribuem para a superação dos desafios educacionais causados pela pandemia da covid-19. Ao todo, foram 71 inscritos. Desses, 27 concorreram na categoria A, voltada para instituições de ensino, escolas públicas ou privadas, e 44 na categoria B, que reconhece a educação em direitos humanos realizada por organizações da sociedade civil.

A professora e coordenadora da unidade, Olga Motta, explica que, com o início das aulas remotas em 2020, devido à pandemia, os professores tiveram que aprender, investigar e estudar uma série de ferramentas para auxiliar e mediar as aulas e as atividades virtuais.

Em meio a tantas incertezas, perceberam que os alunos estavam ansiosos por diálogos que ultrapassassem conteúdos e chegassem às emoções, afloradas no período de isolamento social.

“Notamos crianças carentes de adultos que olhassem para eles, que escutassem e que falassem desses sentimentos. Assim nasceram os encontros semanais, batizados de Vivências para o Bem Viver, iniciados na insegurança, mas fortalecidos pelo acolhimento”, explica Olga.

Escritores, terapeutas, professores e estudantes do CEF 8 ou de outras escolas foram convidados a tratar de temas voltados ao autocuidado, além do desenvolvimento socioafetivo. A intenção, segundo Olga, era vivenciar experiências que traziam uma aprendizagem socioemocional.

“Tivemos muitas oficinas, depoimentos, histórias, dinâmicas, conversas e trocas de experiências. O Vivências para o Bem Viver, mesmo que on-line, foi um local de compreensão e acolhimento, de incentivo ao respeito, à construção de relações e vínculos afetivos, que tornaram os estudantes mais motivados e confiantes para sonharem e participarem da vida escolar, familiar e na sociedade com mais alegria”, pontuou a diretora.

Olga conta que já se sentem vitoriosos em chegar a esta classificação. “Estamos radiantes e felizes, principalmente, pelo reconhecimento desse trabalho. Tudo surgiu de forma tão natural e espontânea para atender nossos alunos. Um dos projetos mais importantes, que foi consolidado com muito carinho”, frisou a coordenadora. A escola concorre na categoria A.

Premiação

Os vencedores nacionais de cada categoria concorrem a um prêmio de US$ 5 mil cada. Também terão a oportunidade de concorrer na segunda etapa do prêmio e de participarem do IV Seminário Internacional de Educação em Direitos Humanos.

Nesta fase é anunciada a classificação final com os quatro vencedores da Ibero-América, sendo dois por categoria. Devido ao contexto da pandemia, o evento, com data e local a serem definidos, será programado de acordo com as circunstâncias permitidas no momento.

Organização dos Estados Ibero-Americanos

A Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e seu Instituto Ibero-Americano de Educação em Direitos Humanos, com a colaboração da Fundação SM, criou, em 2015, o prêmio Óscar Arnulfo Romero, santo, bispo e mártir para promover a conscientização sobre a educação em valores e direitos humanos na Ibero-América.

O nome do prêmio visa destacar o trabalho do monsenhor Óscar Arnulfo Romero – canonizado pela Igreja Católica em 2018 -, de El Salvador, na defesa dos direitos humanos, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, e vinculá-lo a ações reais em defesa dos direitos humanos, como fez monsenhor Romero ao longo de sua vida.


FONTE: agenciabrasilia.df.gov.br

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